SC implementa “Dose Zero” contra o sarampo em bebês de 6 a 11 meses 

 SC implementa “Dose Zero” contra o sarampo em bebês de 6 a 11 meses 

Etadual – A partir deste mês de junho, Santa Catarina implementa a Dose Zero da vacina contra o sarampo para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias de idade. A iniciativa vem após uma recomendação do Ministério da Saúde, que, no final do mês de maio, pediu reforço nas estratégias de vacinação, além de prevenção na reintrodução e disseminação do sarampo nos estados brasileiros. As informações são do NSC total.

O sarampo é uma infecção viral altamente transmissível, com potencial de provocar complicações graves, como pneumonia e encefalite, especialmente em crianças pequenas.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Dose Zero oferece uma proteção precoce e temporária, reduzindo o risco de formas graves da doença e a transmissão comunitária, tendo em vista que, no calendário de vacinação, a primeira dose da vacina tríplice viral — que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba — é feita apenas aos 12 meses de idade.

A SES estima que, em Santa Catarina, cerca de 49 mil crianças devem receber a Dose Zero.

Sarampo em países das Américas oferece riscos ao Brasil

Conforme dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), até o início de maio deste ano, nas Américas, já foram confirmados 2.325 casos de sarampo, incluindo quatro óbitos. Isso representa um aumento de 11 vezes em comparação com os 205 casos registrados no mesmo período de 2024. Apesar de o Brasil manter o status de área livre de circulação do vírus, a presença de casos em países vizinhos eleva o risco de reintrodução da doença em território nacional.

— Apesar de Santa Catarina não apresentar nenhum caso da doença desde 2020, reforçamos as medidas que fortaleçam a prevenção, a detecção precoce, a notificação e a resposta rápida, para a interromper uma possível circulação viral. Precisamos ficar atentos aos sinais e sintomas do sarampo, que apresentam febre, manchas vermelhas no corpo, sempre associados a tosse, coriza ou conjuntivite, independentemente da idade e do histórico vacinal, especialmente em pacientes com viagens ao exterior ou contato com viajantes — destaca Ariele Fialho, gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC).

É por isso que, na nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, a recomendação da Dose Zero era para os seguintes municípios catarinenses:

Municípios de fronteira com Argentina: Dionísio Cerqueira, Itapiranga, Paraíso, Princesa, São José do Cedro, São Miguel do Oeste e Tunápolis;

Cidades turísticas, universitárias, litorâneas e/ou de alto fluxo: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Barra Velha, Blumenau, Bombinhas, Brusque, Camboriú, Chapecó, Concórdia, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itá, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Laguna, Maravilha, Navegantes, Nova Trento, Palhoça, Passos de Torres, Penha, Piratuba, Pomerode, Porto Belo, Santo Amaro da Imperatriz, São Francisco do Sul, São Joaquim, São José, Saudades, Seara e Urubici.

Mesmo assim, a Dive/SC já orientou os 295 municípios catarinenses quanto à aplicação do imunizante. As doses estão disponíveis e é importante levar a caderneta de vacinação da criança.

— A Dose Zero não substitui as doses do calendário de rotina, que devem ser mantidas aos 12 e 15 meses de idade, mas visa oferecer proteção antecipada a bebês ainda fora da faixa usual de cobertura. Trata-se de uma medida preventiva recomendada em situações de risco iminente de reintrodução do vírus no país, sendo indicada tanto para a intensificação vacinal em áreas vulneráveis quanto como estratégia de bloqueio vacinal diante de contatos com casos suspeitos ou confirmados de sarampo — explica Fialho.

A forma mais eficaz de prevenir o sarampo é com a vacinação, segundo a SES. Em 2024, no Estado, a vacina da tríplice viral, que protege contra a doença, alcançou a meta estabelecida com 96,80% (crianças de um ano de idade). Em 2025, no primeiro trimestre, o registro foi de 93,23%.

Fonte: NSC

Foto-Marcelo-Camargo-Agencia-Brasil

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